quinta-feira, 23 de agosto de 2012

CONVERSA AFIADA, Apr 13, '05 6:56 AM


CONVERSA AFIADA

Um papo direto com o artista Sérgio Ricardo.

O criador do Palco Livre, Sérgio Ricardo, fala sobre sua carreira como músico e artista plástico, e outras diversas áreas em que atuou; e também sobre sua exposiçãoTRANSPARECÊNCIA, inaugurada dia 4 de abril na Galeria Quirino Campofiorito, no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno.

Mediador: Ney Reis (jornalista, escritor e poeta).

Dia: 20 de abril, quarta-feira
Horário: 19 horas
Local: Centro Cultural Paschoal Carlos Magno
Campo de São Bento
Rua Lopes Trovão, s/nº, Icaraí
GRATUITO
Tel: 2610-5748

 

Sérgio Ricardo pinta o ‘ violão’ em “Transparecência


Ele pode ter quebrado o violão, mas não esqueceu as curvas e o volume... Aliás, essa lembrança — fácil — do protesto diante das vaias que o impediram de cantar “Beto Bom de Bola” no Festival da Canção da Record, em 1967, deve deixar Sérgio Ricardo entediado — ele até diz que não quebraria mais o instrumento, se pudesse voltar no tempo! Isso porque a música é apenas um dos seus muitos talentos, o que poderá ser comprovado a partir do dia 4 de abril, no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, com “Transparecência”, a exposição das pinturas do cantor-compositor-cineasta-artista nascido em Marília, revelado em São Paulo, consagrado no Rio e hoje morador de Niterói.
São cerca de 20 óleos sobre tela que, nas palavras do crítico Geraldo Edson de Andrade, procuram “extrair sensualidade e sinuosidade do corpo feminino, enfoque de sua pintura atual”. Quem acompanha a carreira do autor da trilha de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha, sabe que sensualidade é um tema recorrente. O diretor de “Juliana do Amor Perdido” e “A Noite do Espantalho” já foi até apresentador e galã do musical “Pernas”, dirigido por Roberto Palmari na TV Excelsior, ainda em 67, e fez a trilha sonora do filme “A Guerra dos Pelados”, de Silvio Back, em 1970!
Aos 72 anos — completa 73 em 18 de junho —, Sérgio até resistiu a essa exposição-homenagem que o CCPCM lhe faz de 4 a 24 de abril, com inauguração às 19 horas do dia 4, na qual será exibida a animação computadorizada de “Zelão”, mesmo nome de sua canção mais famosa, composta em 1959, quando acabara de se mudar para o Rio de Janeiro. Mas terminou capitulando diante de nossa insistência. O idealizador do “Palco Livre”, que encheu a Cantareira de boa música (brasileira) durante inúmeras terças-feiras de 2001 e 2002, não pode ficar de fora do nosso cenário artístico. Afinal, como ele mesmo diz, “tenho para minha vida/ a busca como medida,/ o encontro como chegada/ e como ponto de partida.”
Mais informações sobre o artista http://www.sergioricardo.com


NEY REIS Bustamante Filho, nascido em Niterói no dia 5 de abril de 1961, formou-se jornalista na UFRJ, em 1983, ano em que publicou seu primeiro livro de poemas, “Passageiro do Meu Tempo”, e conseguiu seu primeiro emprego, como repórter da revista Manchete (Bloch Editores), de onde saiu ainda em dezembro de 1983. Durante cinco anos, foi “freelancer”. Trabalhou no suplemento “Niterói”, na revista “Domingo” e no caderno “Idéias” — todos do Jornal do Brasil — de outubro de 1988 a setembro de 1991. Neste mesmo ano, foi repórter por um breve período no “Segundo Caderno”, deO Globo. De janeiro de 1992 a abril de 1994, foi redator da revista Ele Ela (Bloch Editores) e, de abril de 1994 a novembro de 1998, o seu editor executivo. De 2000 a 2002, foi editor executivo do jornal Conexão RJ, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, secional Rio, o Sebrae-RJ. Do mesmo ano 2000 até fevereiro de 2005, foi colunista semanal do jornalGazeta de Teresópolis e colabora, desde março de 2004, como revisor e cronista no jornal Opinião Sindical, do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro. Além do livro de poemas citado anteriormente, é autor de “Os Dias Cinzentos Eram Melhores” (conto, crônica e poesia, de 1987), “Depois da Meia Noite” (Corpo da Letra Editora, poemas, 1997), “Direto da Pindaíba — um jornalista no front” (memórias, Editora Talento Brasileiro, 2000), “Pequeno Dicionário da Vida Cotidiana” (humor, Papel Virtual Editora, 2002 — www.papelvirtual.com.br) e dos inéditos “Contos Impressionistas”, “Minimalírica”, “Vulgaroids” e “Desova Poética”. Ney vive com sua terceira mulher, Viviane Galvão, em Teresópolis, tem dois filhos, Rudy (15 anos, do primeiro casamento) e João Pedro (3 anos). O autor bebe — com freqüência assumida —, fuma charutos e torce pelo Fluminense.  

foto: pintura "Metamorfose"